quinta-feira, 18 de junho de 2009

O Livro dos Mortos e o Meio Ambiente no Egito Antigo

Há cerca de nove meses o jurista Luis Paulo Sirvinskas proferiu uma brilhante palestra na Paraíba sobre "Meio ambiente e sustentabilidade", em evento promovido pelo nosso órgão estadual de meio ambiente, e me chamou a atenção a referência ecológica feita por ele ao "Livro dos mortos". O professor gentilmente me enviou a cópia dos slides com a sua apresentação, e eu transcreverei o trecho em questão. Ao que tudo indica, antes de fazer a passagem para o outro lado da vida, o egípcio deveria provar que, entre outras coisas, não cometeu pecados contra o meio ambiente. É interessante salientar que não sujar a água, por exemplo, aparece no texto com o mesmo grau de gravidade que torturar um escravo. Eis o texto:

O documento mais antigo que se tem conhecimento, comprovando esses fatos, sob o ponto de vista individual, é a famosa Confissão Negativa. Tratava-se de um papiro encontrado com as múmias do Novo Império Egípcio. Tal documento fazia parte do Livro dos Mortos, que data de três milênios e meio. São trechos extraídos do Capítulo 126 do citado livro e passaram a fazer parte do testamento do morto, a saber:

“Homenagem a ti, grande Deus, Senhor da Verdade e da Justiça! / Não fiz mal algum.../ Não matei os animais sagrados/ Não prejudiquei as lavouras.../ Não sujei a água/ Não usurpei a terra/ Não fiz um senhor maltratar o escravo.../ Não repeli a água em seu tempo/ Não cortei um dique.../ Sou puro, sou puro, sou puro!”

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