No meu livro "Licenciamento ambiental: aspectos teóricos e práticos", cuja primeira edição foi publicada pela Editora Fórum em 2007, eu utilizei como epígrafe o texto "Cântico do irmão Sol", também conhecido como "Cântico das criaturas". Diferentemente da conhecida "Oração de São Francisco", o citado poema foi escrito pelo próprio santo de Assis, que já em sua época foi um grande amante da fauna e da flora.
São Francisco pregava aos pássaros e às cotovias e ensinava aos seus seguidores que cada criatura ou coisa feita por Deus tinha uma importância específica, e que por isso não podia ser desprezada. Nesse sentido, ele ensinava que as ervas daninhas não deviam ser arrancadas, posto que deveria existir um papel divino para elas na natureza - idéia que adiantou em séculos o conceito de agricultura ecológica.
Na publicação, é claro que eu usei apenas os trechos do texto que faziam uma referência direta aos recursos naturais, a exemplo da parte do sol, da lua e das estrelas. Contudo, agora o texto está reproduzido na íntegra a partir da tradução encontrada no livro "São Francisco de Assis: escritos e biografias de São Francisco de Assis: crônicas e outros testemunhos do primeiro século franciscano" (Petrópolis: Editora Vozes, 1997):
Altíssimo, onipotente, bom Senhor,
Teus são o louvor, a glória, a honra
E toda a benção.
Só a ti, Altíssimo, são devidos;
E homem algum é digno
De te mencionar.
Louvado sejas, meu Senhor,
Com todas as tuas criaturas,
Especialmente o Senhor Irmão Sol,
Que clareia o dia
E com sua luz nos alumia.
E ele é belo e radiante
Com grande esplendor:
De ti, Altíssimo é a imagem.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pela irmã Lua e as Estrelas,
Que no céu formaste claras
E preciosas e belas.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pelo irmão Vento,
Pelo ar, ou nublado
Ou sereno, e todo o tempo
Pela qual às tuas criaturas dás sustento.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pela irmã Água,
Que é mui útil e humilde
E preciosa e casta.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pelo irmão Fogo
Pelo qual iluminas a noite
E ele é belo e jucundo
E vigoroso e forte.
Louvado sejas, meu Senhor,
Por nossa irmã a mãe Terra
Que nos sustenta e governa,
E produz frutos diversos
E coloridas flores e ervas.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pelos que perdoam por teu amor,
E suportam enfermidades e tribulações.
Bem aventurados os que sustentam a paz,
Que por ti, Altíssimo, serão coroados.
Louvado sejas, meu Senhor,
Por nossa irmã a Morte corporal,
Da qual homem algum pode escapar.
Ai dos que morrerem em pecado mortal!
Felizes os que ela achar
Conformes á tua santíssima vontade,
Porque a morte segunda não lhes fará mal!
Louvai e bendizei a meu Senhor,
E dai-lhe graças,
E servi-o com grande humildade.
São Francisco pregava aos pássaros e às cotovias e ensinava aos seus seguidores que cada criatura ou coisa feita por Deus tinha uma importância específica, e que por isso não podia ser desprezada. Nesse sentido, ele ensinava que as ervas daninhas não deviam ser arrancadas, posto que deveria existir um papel divino para elas na natureza - idéia que adiantou em séculos o conceito de agricultura ecológica.
Na publicação, é claro que eu usei apenas os trechos do texto que faziam uma referência direta aos recursos naturais, a exemplo da parte do sol, da lua e das estrelas. Contudo, agora o texto está reproduzido na íntegra a partir da tradução encontrada no livro "São Francisco de Assis: escritos e biografias de São Francisco de Assis: crônicas e outros testemunhos do primeiro século franciscano" (Petrópolis: Editora Vozes, 1997):
Altíssimo, onipotente, bom Senhor,
Teus são o louvor, a glória, a honra
E toda a benção.
Só a ti, Altíssimo, são devidos;
E homem algum é digno
De te mencionar.
Louvado sejas, meu Senhor,
Com todas as tuas criaturas,
Especialmente o Senhor Irmão Sol,
Que clareia o dia
E com sua luz nos alumia.
E ele é belo e radiante
Com grande esplendor:
De ti, Altíssimo é a imagem.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pela irmã Lua e as Estrelas,
Que no céu formaste claras
E preciosas e belas.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pelo irmão Vento,
Pelo ar, ou nublado
Ou sereno, e todo o tempo
Pela qual às tuas criaturas dás sustento.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pela irmã Água,
Que é mui útil e humilde
E preciosa e casta.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pelo irmão Fogo
Pelo qual iluminas a noite
E ele é belo e jucundo
E vigoroso e forte.
Louvado sejas, meu Senhor,
Por nossa irmã a mãe Terra
Que nos sustenta e governa,
E produz frutos diversos
E coloridas flores e ervas.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pelos que perdoam por teu amor,
E suportam enfermidades e tribulações.
Bem aventurados os que sustentam a paz,
Que por ti, Altíssimo, serão coroados.
Louvado sejas, meu Senhor,
Por nossa irmã a Morte corporal,
Da qual homem algum pode escapar.
Ai dos que morrerem em pecado mortal!
Felizes os que ela achar
Conformes á tua santíssima vontade,
Porque a morte segunda não lhes fará mal!
Louvai e bendizei a meu Senhor,
E dai-lhe graças,
E servi-o com grande humildade.
2 comentários:
A propósto,tal livro é uma obra brilhante! Sem dúvida alguma uma das mais relevantes em matéria de licenciamento ambiental, se não a mais!
E a oração de São Francisco não foi escrita por ele?
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