Um dos assuntos pelo qual mais me interesso em matéria de meio ambiente é a história dos precursores do movimento ambientalista. Aqui no Brasil homens como José Bonifácio de Andrade e Joaquim Nabuco, com especial perspicácia, estão entre os que enxergaram essa problemática muito antes do seu tempo.
Contudo, outros nomes menos conhecidos, como José Gregório de Moraes Navarro, um magistrado que vivia no interior de Minas Gerais no final do século XVIII, momento de decadência de um ciclo de extração de ouro e de diamantes na região, também foram precursores e deixaram a sua contribuição para o movimento ambientalista brasileiro. A citação seguinte foi retirada da obra “Discurso sobre o melhoramento da economia rústica no Brasil”, de autoria de Moraes Navarro, que foi publicada em Lisboa no ano de 1799:
"De todos os elementos que Deus criou para glória Sua, e para utilidade dos homens, nenhum é certamente mais digno de contemplação do que a Terra, Mãe comum de todos os viventes. Ela nos faz ainda hoje o mesmo agasalho que fizera aos nascidos no princípio do mundo. Nem a multidão imensa de famílias que a tem habitado, nem a terrível inundação e naufrágio que ela sofreu com todos os seus filhos criminosos, nem as diversas e espantosas revoluções que a tem muitas vezes quase lançado fora do seu eixo, nem a longa sucessão dos séculos que tudo muda e consome, são capazes de esterilizar o gérmen fecundo de sua fertilidade. Ela será sempre, até o fim do mundo, tão liberal e benéfica como foi no princípio.... apesar da ingratidão dos homens, que parece que trabalham continuamente para destruir e aniquilar as suas naturais produções, e para consumir e enfraquecer a sua primitiva substância."
A propósito, o historiador José Augusto Pádua se aprofunda nessa temática no livro "Um sopro de destruição: pensamento político e crítica ambiental no Brasil escravista (1786-1888)", publicada pela Jorge Zahar Editor em 2002, fazendo uma espécie de arqueologia do pensamento ambientalista do tempo do Império.
Contudo, outros nomes menos conhecidos, como José Gregório de Moraes Navarro, um magistrado que vivia no interior de Minas Gerais no final do século XVIII, momento de decadência de um ciclo de extração de ouro e de diamantes na região, também foram precursores e deixaram a sua contribuição para o movimento ambientalista brasileiro. A citação seguinte foi retirada da obra “Discurso sobre o melhoramento da economia rústica no Brasil”, de autoria de Moraes Navarro, que foi publicada em Lisboa no ano de 1799:
"De todos os elementos que Deus criou para glória Sua, e para utilidade dos homens, nenhum é certamente mais digno de contemplação do que a Terra, Mãe comum de todos os viventes. Ela nos faz ainda hoje o mesmo agasalho que fizera aos nascidos no princípio do mundo. Nem a multidão imensa de famílias que a tem habitado, nem a terrível inundação e naufrágio que ela sofreu com todos os seus filhos criminosos, nem as diversas e espantosas revoluções que a tem muitas vezes quase lançado fora do seu eixo, nem a longa sucessão dos séculos que tudo muda e consome, são capazes de esterilizar o gérmen fecundo de sua fertilidade. Ela será sempre, até o fim do mundo, tão liberal e benéfica como foi no princípio.... apesar da ingratidão dos homens, que parece que trabalham continuamente para destruir e aniquilar as suas naturais produções, e para consumir e enfraquecer a sua primitiva substância."
A propósito, o historiador José Augusto Pádua se aprofunda nessa temática no livro "Um sopro de destruição: pensamento político e crítica ambiental no Brasil escravista (1786-1888)", publicada pela Jorge Zahar Editor em 2002, fazendo uma espécie de arqueologia do pensamento ambientalista do tempo do Império.
Nenhum comentário:
Postar um comentário