quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

"Os Meus Anos Sessenta..."

Foi por acaso que encontrei na Internet o texto intitulado “Os meus anos sessenta”, de autoria de Frederico Mendes. Trata-se de uma narrativa descontraída e interessante acerca das diferenças entre os costumes e a modo de viver da citada década e da década presente. O texto está transcrito logo abaixo e o site de referencia é o seguinte:


http://www.flickr.com/photos/frederico_mendes/63985139/

OS MEUS ANOS SESSENTA...

Conheço muitos jovens com saudades dos anos 60, tão idealizados e imaginados através do cinema, livros ou relatos dos pais.
Para eles seria uma época mítica e lendária, os anos rebeldes. Também tenho saudades, mas não era bem assim...
Não havia internet, Google, fax, celular e muito menos TV a cabo. Os quatro canais existentes começavam a funcionar ao meio-dia e encerravam a programação lá pela uma da manhã. E depois só ficava na tela um desenho estranho e estático nos dando boa noite até o final da manhã.
Tínhamos que ir à biblioteca para fazermos pesquisas de colégio. Os discos, que eram chamados de "long-plays", de no máximo 32 minutos eram virados para poder tocar o lado B. Não havia controle remoto e nem telefone sem fio.
Os telefones, assim como os táxis, eram sempre negros e muito pesados, com exceção dos telefones de quartos de madames (ou madames de Hollywood) que eram quase sempre brancos.
Não tinham teclas, mas discos rotatórios com números encaixados dentro de buracos circulares onde enfiávamos os dedos. Daí a origem do verbo discar como sinônimo de telefonar. E não tinha "redial", o que nos obrigava a enfiar o dedo e discar de novo e de novo. E como dava engano!
A grande onda do telefone era de poder dar trotes. Crianças e até mesmo adultos passavam trotes bobinhos tipo : "pinico de barro enferruja?" ou "A senhora pode esperar um minutinho?". Depois de 60 segundos de silêncio, o trotista dizia obrigado e desligava com uma risadinha audível...
Telefone no Brasil sempre foi um problema. Custava caro e só poucos tinham em casa, tal qual as televisões que eram raras, caras e poucos no prédio tinham essa novidade. Éramos quase todos, não telespectadores, mas tele-vizinhos.
Para fazer uma ligação telefônica tinhamos que esperar o telefone "dar linha".
Não havia DDI e uma ligação internacional demorava mais de quatro horas para ser feita pela telefonista. Quando a ligação se completava, nem sempre sabíamos mais do que queríamos falar ou então aquela paixão monumental já tinha virado um simples "flêrte".
Computadores, só os bancos tinham. Gigantescos, ocupavam andares inteiros e só eram compreendidos por especialistas que possuíam curso universitário sobre o assunto.
Dentista doía, e doía muito...
Em compensação a música era muito melhor! John Lennon, Jim Morrison, Janis Joplin e Jimi Hendrix, todos os jotas ainda estavam ativos. Muito doidos, mais pra lá do que pra cá, mas vivos. Bob Dylan não era o fanático religioso de hoje e influenciava toda uma geração de "quero-ser-poeta". E o Zé Bonitinho, Golias e o Zé Trindade apareciam na "Praça é Nossa" e até achávamos meio divertido, apesar de bastante kistch.
Dava para praticar namoros nas areias da praia de Ipanema de noite sem sermos assaltados por pivetes e nem achacados por PMs. Ou vice-versa. PMs que aliás eram chamados de Cosme e Damião, porque andavam sempre em duplas. E usavam gravatas negras e uniforme cáqui.
Uma calça Levis 501 custava o equivalente a US$ 3,00 no Mercadinho Azul de Copacabana, paraíso dos importados contrabandeados por aeromoças da finada Panair do Brasil. O perfume Lancaster vinha da Argentina e todos nós, rapazes da Zona Sul usávamos.O cheiro deste perfume nas festas concorridas era massacrante para as narinas mais sensíveis. Do Paraguai só chegava uísque falsificado, isto é, nacional legítimo Made in Assuncion. As camisas eram de Ban-lon, ou de malha com psicodélicos jacarezinhos verdes. E não é que a Lacoste voltou à moda?
Aliás, muitos de nós víamos jacarés e macacos verdes e alucinados por aí.
As calças eram de Tergal, isto é, não amassavam e nem perdiam o vinco e quem comprasse um terno na Ducal ganhava duas calças iguais.
O que sempre me fez perguntar o porquê: calças sujavam mais do que paletós ou eram menos duráveis?
As moças, depois de virarem mocinhas, ainda ficavam incomodadas, até que um gênio da publicidade escreveu: " Incomodada ficava a sua avó!", em anúncio de absorvente. E só havia Modess no mercado.
E o que seria do amarelo se todos gostassem do vermelho? Ou vice-versa? Esta publicidade de tintas marcou. Se alguém lhe citar esta frase, ou é o seu pai, ou um estudante de publicidade ou algum novo velho nostálgico que aprendeu a dizer isto com o pai.
Perto da minha casa em Copacabana haviam 18 cinemas, distante no máximo uns 15 minutos a pé. Ou sete de bonde. "Bonde? O que é isso?"
A Brigitte Bardot e a Sophia Loren ainda eram umas gatas, e contávamos pin-ups pulando a cerca até cairmos no sono, nossos "wet dreams" noturnos.
A Sonia Braga, linda aos 18 anos, tirava a roupa (nuínha em pelo!) todas a noites na peça Hair. Meninos, eu vi! Aliás, eu ia em quase todas as noites. E o Wilker era só um ótimo ator meio estranho e ruivo.
As mulheres bonitas tinham "it". Nós, garotos, éramos divididos entre os pães e os muquiranas, ou bonitos e feiosos.
Pão era o Alain Delon. O Paul MacCartney também, apesar de que as meninas mais "cabeça" já preferiam o Lennon, que usava óculos, era míope e tinha jeito e cara de intelectual. Sorte minha que já era um "quatro olhos", apelido políticamente incorreto de quem os usavam .
Mas quem realmente salvou a minha vida afetiva e amorosa foi o ator francês Jean Paul Belmondo. Calma , gente! Belmondo era um feio com nariz estranho que as mulheres achavam "charmoso". E acabou com a tirania da beleza roliúdica dos galãs pasteurizados para sempre e graças a Deus!
Os litros de leite eram vendidos em garrafas de vidro. Mas só dava para beber leite pasteurizado, isto é, que recebia um tratamento especial. Mas todos tinham que ser fervidos antes de serem bebidos. E não havia esse tal de desnatado: havia o adulterado com muita água e o adulterado com menos água.
Leite em pó tinha que ser batido durante minutos com uma colher para dissolver no copo. Era um bom exercício para o muque. Até que surgiu o leite Glória que "dissolvia sem bater".
E o carro Gordini, um francês fabricado em São Paulo, que todo jovem queria ter, recebeu o apelido de leite Glória porque também se dissolvia sem bater. Era muito frágil.
Os carros só possuíam rádios AM (!) e eram Fuscas, Dauphines, o já citado Gordinis, DKWs (Decavê) e Aero Willis. E o elegante Simca Chambord, com mini rabo de peixe e pneu de banda branca como um Cadillac chinfrim e tudo. Mas todos sem ar-condicionado e vidros elétricos. Mais um motivo para exercitarmos o muque que exibíamos por baixo das camisas de manga durta arregaçadas ao estilo James Dean, ou nas praias mais ou menos limpas, mas com valas negras quase do tamanho do Rio Negro.
Sol naqueles anos dourados não causava câncer, mas mesmo assim nos protegíamos com Rayto de Sol, o único argentino que chegava até nossas praias...
Bons tempos.
Camisinhas só eram usadas nas incursões à zonas mui perigosas, nas casas coloridas perto do Canal do Mangue, hoje Cidade Nova.
As torcidas de futebol só gozavam com as caras dos outros nas derrotas, sem brigas e sem violências, numa época onde porra e pentelho eram palavrões e não ficavam bem na boca de ninguém.
Aliás, até hoje porra e pentelho não ficam bem na boca de ninguém...
Os discos dos Beatles (e filmes) demoravam meses para serem lançados aqui. Mas quando chegavam eram uma festa, festa mesmo com todo mundo dançando twist e yê-yê-yê. As meninas alisavam o cabelo com ferro de passar roupa e só gostavam de garotos de cabelos lisos. Os meninos de cabelos mais rebeldes dormiam com ridículas toucas na cabeça feitas com meias de seda surrupiadas da mãe ou da irmã. E sempre acordávamos com uma marca na testa que só saía da cara da gente lá pela hora do recreio.
Isto até 1966, quando surgiram os primeiros hippies e seus longos cabelos encaracolados.
E foi aí, com os meus rebeldes cachos que arrumei a minha primeira namorada, época mais ou menos dessa foto aí de cima.
As câmeras eram analógicas, manuais e muito mocorongas. Photoshop era apenas uma tradução para loja de fotografias, para quem estudava no IBEU ou para quem tinha feito American Fields, isto é, cursado a high school nos cafundós do centro-oeste americano.
Outra coisa interessante era que dávamos festas onde a grande atração era um imenso gravador de rolo onde brincávamos de gravar as nossas vozes dizendo bobagens, poesias e outras bobagens. "Poxa, minha voz é assim mesmo?" é verdade, a gente ainda não se conhecia tanto. E psicanálise ainda era considerada coisa de maluco. Só em 1968 que a análise entrou na moda. E também surgiram as primeiras fitas cassete. Lembro de ouvir o Album Branco dos Beatles em uma dessas estranhas novidades. E de achar inovador e genial uma capa toda branca e branca ainda por cima e por baixo.
Aliás, genial era o adjetivo da moda. Tudo era geniaaaal! Menos os filmes do Julio Bressane que passavam no Cine Payssandú. Eram loooongos e chaaaatos...
Havia festivais de bossa nova nos ginásios e auditórios onde cantavam jovens promissores, tipo um garoto tímido chamado Francisco Buarque de Holanda, e mais Eduardo Lobo, Nara Leão, ou uns coroas metidos a garotões como Antonio Carlos Jobim, Carlos Lyra, Roberto Menescal e Vinícius de Morais. Todos geniaaais!
Jorge Benjor ainda se chamava Jorge Ben e era só um dos maiores craques do futebol de areia, em Copacabana. Bairro onde também Vinicius morou. E logo no meu prédio! Ele me dava bom dia no elevador (eu indo para o colégio, ele voltando da noite) e me gozava quando o seu Garrincha fazia gols no meu Mengão. E o que é pior: nunca conversamos sobre poesia, amor ou literatura. Só sobre bola e os grandes peitos sem silicone(!) da vizinha do 302.
Açúcar não fazia mal. Engordava e causava cáries, mas não era o veneno de hoje. Não havia refrigerantes Diet ou Light.
E Light era só um clube do qual minha mãe não era sócia, pois me dizia isso sempre que eu deixava a luz do quarto acesa atrás de mim.
Havia um tal refrigerante Grapette, que "quem bebe, repete" cuja principal característica era a de deixar a língua roxa. Roxa como a luz negra que dava ares de Londres ou San Francisco nas nossas festas e nos deixava com uns dentes cor de dente de vampiro.
Nas festas, brincava-se de pêra, uva ou maçã. Pêra era aperto de mão, uva, abraço, maçã, beijo. As mais afoitas escolhiam logo salada mista de frutas. Mas nunca dei a sorte de escolher tamanha iguaria...
Legal foi quando o Bob`s de Copacabana inventou o queijo quente, e ia bem com a novidade do suco de uva. Pouco depois lançaram a salada de atum e a de ovos, mas essa não era muito popular, porque dava gazes e tínhamos que mostrar que a mão não estava amarela. Confesso que até hoje nunca entendi qual era a relação entre a flatulência e a cor da palma da mão.
Trocava-se de mal apertando os dedos mindinhos, fazia-se as pazes com os polegares. Em uma era pré-Aids fazíamos pactos de sangue. Éramos dramáticos até a morte extrema. E tudo era prenúncio de uma tragédia grega ou de fotonovela italiana da finada revista Grande Hotel. Os atores protagonistas tinham até fã-clube no país. Era uma história em quadrinhos para adultas.
As novelas da Tv Tupi também paravam o país, como na noite em Albertinho Limonta descobriu que era neto do seu próprio avô (?) em O Direito de Nascer.
Brigávamos na rua por bobagens tipo "não mete minha mãe no meio, senão eu meto no meio da tua”. E quando alguém do prédio acima jogava água (ou outros) para acabar com a balbúrdia, gritávamos:
"Joga a mãe junto, amarrada a um piano!”.
Imagino que era para ela cair mais rápido.
Ou talvez um certo preconceito contra os "pequenos burgueses" que tinham piano em casa. O quente era tocar violão!
Eramos meio edipianos...
Alguns começavam a fumar bem cedo para se sentirem mais velhos como o Sean Connery, charmosos que nem o Paul Newman, gostosas como a Kim Novak ou Marilyn Monroe. E macho mesmo fumava só cigarro sem filtro, tipo Continental.
Vários já viraram saudade nesta onda.
Eu experimentei um tal de "Cigarros Cônsul" porque era mentolado, mas ainda bem que tossi tudo o que não tinha direito na frente da guria que queria impressionar.
Salvo do câncer, do enfisema e da impotência (ufa!) pelo engasgo e pelo mico.
Nos cinemas era proibido comer, fumar e beber. E alguns beijos mais afoitos eram devidamente iluminados pelo lanterninha. Se o casal reincidisse no delito era colocado para fora, como Adão e Eva do Cine Paraíso.
Muitas boas reputações foram destruídas em matinês...
Menina que ia à Barra da Tijuca de noite ficava falada para o resto dos dias.
Se fosse de lambreta então, já estava no inferno. E não casava mais. Apesar de que alguns cirurgiões plásticos apregoavam que sabiam como restaurar virgindades. Literalmente.
Para nós, garotos com espinhas ou sem espinhas, sexo só com as revistinhas de sacanagem do Carlos Zéfiro, que ainda não era cult e não posava em capa de disco da Marisa Monte. Ou então, com revistas de fotografias que mostravam fotos de mulheres nuas retocadas "lá em baixo" em uma era pré-Photoshop. Vai ver que foi por isto que virei fotógrafo depois.
Revista Playboy só as importadas. E alguns pais as mantinham guardadas em cofres, junto com os bônus do Tesouro Nacional. E mesmo assim nelas não podiam aparecer pêlos e nem a perereca. Que, aliás, a Dercy Gonçalves, que já era velha na época, tão bem popularizou na música " A Perereca da Vizinha Está Presa na Gaiola". Um clássico do cancioneiro carnavalesco, como veremos depois.
As meninas eram muito "difíceis" e, zelosas da reputação ou com, medo de ficar para "titia" só começavam a atuar bem depois dos vinte. A solução era recorrer às profissionais, que estavam mais para amadoras, com trocadilho mesmo. Ou visitar o quarto daquela empregada mais afoita na calada da noite. Naquele tempo não haviam diaristas e quase todas dormiam nas casas onde trabalhavam. E tinham que subir pelo elevador dos fundos junto com os "pretos" ou "os de pele moreninha", eufemismo então corrente no país que mal sabia disfarçar um racismo secular.
O Brasil era uma grande senzala. Era?
Não havia esse negócio de viajar para Búzios com o namorado.
Búzios era uma vila de pescadores, quase nos cafundós, e só ficou famosa depois que o namorado brasileiro de Brigitte Bardot (que, aliás, era marroquino, mas os jornais entusiamados logo o "naturalizaram") levou-a para fugir dos paparazzis que tanto a perseguiam pelo Rio. Brigitte depois voltou para cá e dava tanto mole pela cidade que já a chamavam de "arroz de festa". "Ih... lá vem aquela chata da BB...". E estas duas letras em maiúsculas viraram para todo o sempre abreviatura de "boa e burra". Isto é, até o Big Brother surgir.
Algumas reputações de Hollywood foram destruídas nos bailes de Carnaval. Todos se lembram do galã másculo Rock Hudson agarrado aos beijos e barrancos com um fuzileiro naval na piscina do Copa, enquanto a orquestra atacava de Cidade Maravilhosa. Música que encerrava os bailes, de clubes ou das ruas cercadas por cordas, onde ficávamos dando voltas abraçados nas meninas, vestidos de tirolês, caubóis ou havaianas. E pulando ao som de uma bandinha xexelenta(?) tocando músicas de duplo sentido, ou até meio explicitas, tipo: "olha a cabeleira do Zezé, será que ele é...", ou" foi ele que botou o pó em mim". Pó de mico... É claro que as meninas avançadas trocavam o "ó" por "au"...
E sempre ajeitando os sarongues.
Aliás, as sandálias havaianas eram chamadas de japonesas e homem só podia usar as de cores escuras. E mesmo assim só para ir à praia.
Camisa vermelha era "coisa de viado", diziam. Ou pederasta, como as famílias diziam dos filhos dos outros. Mas havia muito pai que era cego e não via que seu filho dava umas boas "desmunhecadas" ou jogava "água fora da bacia";.
A juventude era uma doença que se curava com o tempo.
Até que, no começo de 1964, a Beatlemania explodiu no mundo e tudo começou a mudar. Pela primeira vez na história, jovens começavam a formar opiniões e a mudar o comportamento vigente da sociedade careta de então.
Descobríamos a liberdade. Que não era só um jeans azul e desbotado do anúncio da US Top.
Liberdade,liberdade que (ainda que tarde ou "aqui será também" ) ainda abria suas asas sobre nós!
Ela era real e para sempre. Assim, pelo menos pensávamos.
Mal sabíamos que em 1º de Abril de 1964, o dia da mentira, um golpe militar de direita iria mergulhar o país na mais longa noite, na pior escuridão, no caos e no medo.
Uma noite que durou 21 anos.
Nesta longa e vazia noite, amigos desapareciam, como que encantados por um bruxo mau, para sempre. No que parecia ser uma escuridão eterna, havia uma tênue esperança de luz no fim do túnel. Alguns, mais pessimistas, diziam que era um trem na contramão...
Pichávamos paredes com palavras de ordem contra os militares. Passeávamos em passeatas, no centro da cidade, que sempre acabavam, em grossa pancadaria, repressão das "otoridades" e muitas prisões. E beijos entre os sobreviventes, livres, leves e até então soltos.
Mas a gente era feliz. E sabia disso, mesmo quando vivíamos na fossa. Que, aliás, eram volúveis e voláteis e sujeitas a dias de praia e sol e noites de chuva ou lua cheia.
Acreditávamos no amor eterno, mas não achávamos que veríamos o século XXI. E 2001, além de ser um grande enigmático filme (para os reles mortais e burgueses que não entendiam bulhufas), era uma data abstrata e distante.
Nos saudávamos uns aos outros com um simples:
"Paz e amor".
Acreditávamos nisso.
Continuo acreditando...
Frederico Mendes, abril 2004.

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