segunda-feira, 2 de maio de 2011

Um Comunista e um Índio - A Proximidade dos Extremos



E por falar em Karl Marx, é interessante destacar como o discurso do Cacique Seatle se parece com o do trecho citado do autor de “O capital”:


“Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa idéia nos parece estranha (...) Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra (...) Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes (...) Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que possam ser compradas, saqueadas, vendidas (...) O que ocorre com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo”.

(Trechos da carta do Chefe Seatle ao Presidente dos EUA, em 1854)



“Do ponto de vista de uma formação econômica superior da sociedade, a propriedade privada do globo terrestre, por parte de alguns indivíduos, parecerá tão absurda como a propriedade privada de um homem por um outro homem. Mesmo uma sociedade inteira, uma nação, e mesmo todas as sociedades de uma mesma época, tomadas em conjunto, não são proprietários da terra. São somente seus possessores, seus usufrutuários e têm o dever de deixá-la melhorada, como boni patres familias, às gerações futuras...”

(Karl Marx, Livro III, O capital)


Um comunista e um índio, quem diria que a proximidade dos extremos unissem esses dois distintos personagens!

Nenhum comentário: