A crueldade do egoísmo
(Germano Romero)
Considerado por muitos filósofos, educadores e religiosos como a maior praga da humanidade, o egoísmo permanece, ao longo de séculos, entranhado no espírito da maioria. Esse “defeito” da alma, que embora seja concernente ao atual estágio evolutivo do ser humano, é o responsável por inúmeras turbulências do mundo de hoje. Guerras, disputas por propriedade e poder, ambição e a famigerada desigualdade social são apenas algumas mazelas provenientes do egoísmo. À medida que essa praga se retirar da conduta dos homens, indubitavelmente galgaremos condições superiores de convivência coletiva, e com toda a Natureza.
Há, porém, um traço marcante dessa falha do sentimento humano implícito na relação e no trato com os animais, seres do mesmo planeta, frutos da mesma Criação. É nele que se evidencia o egoísmo na sua maior plenitude. Vejamos, por exemplo, o que se faz com os pássaros.
Nascidos para voar, embelezar céus, agraciar nossos ouvidos com melodias doces e delicadas, que às vezes soam como verdadeiros cânticos em louvor divino, ou ode que nos alerta para as verdades inscritas nas belezas naturais e em tudo o que nos rodeia, muitos deles são condenados à prisão em gaiolas, para o resto de suas vidas. Retiram-lhes o sagrado direito à liberdade – que aos que têm asas se valoriza assaz – unicamente por mero e individualista regozijo pessoal, sem se dar conta da grave violência para com essas inocentes e inofensivas “flores cantantes”...
E as rinhas de canários? Viu-se recentemente nos jornais que, mesmo numa capital, como João Pessoa, elas existem, inobstante proibidas, assim como “brigas de galo”, tanto quanto rodeios e vaquejadas. Esses últimos ainda “permitidos” por força da “grana que destrói coisas belas”... Mesmo com toda a visibilidade dos fatos e fotos, registrados ao vivo e nos bastidores dos espetáculos dessas “derrubadas” de bois e vacas, as leis e os órgãos que as tentam cumprir mostram-se impotentes e ineficazes.
A lei federal nº 9605/98 (art. 32), reza com todas as letras que “é crime passível de detenção e multa praticar atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. E segue mais além: é também crime “matar, perseguir, caçar, apanhar, ferir, mutilar, realizar experiências dolorosas ou cruéis em animal vivo, ainda que para fins didáticos e científicos, quando existirem recursos alternativos”.
Impressionam qualquer cidadão, por mais leigo ou iletrado, a clareza e o rigor desta norma, descumprida indiscriminadamente em circos e outros palcos de distração sádica, que persistem em voga neste século 21.
E o pior: resta a impressão de que as pessoas que se divertem assistindo às vacas serem derrubadas, violentamente puxadas pela cauda, em quedas brutais que as apavoram e machucam sem pena, adorariam retroceder às platéias romanas para ver os leões devorarem em sangue os gladiadores derrotados. Não há a menor dúvida...
Germano Gouveia Romero - GERMANO ROMERO ARQUITETURA
Av. Navegantes 792-A Tambaú
João Pessoa / PB / Cep 58039-111
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Considerado por muitos filósofos, educadores e religiosos como a maior praga da humanidade, o egoísmo permanece, ao longo de séculos, entranhado no espírito da maioria. Esse “defeito” da alma, que embora seja concernente ao atual estágio evolutivo do ser humano, é o responsável por inúmeras turbulências do mundo de hoje. Guerras, disputas por propriedade e poder, ambição e a famigerada desigualdade social são apenas algumas mazelas provenientes do egoísmo. À medida que essa praga se retirar da conduta dos homens, indubitavelmente galgaremos condições superiores de convivência coletiva, e com toda a Natureza.
Há, porém, um traço marcante dessa falha do sentimento humano implícito na relação e no trato com os animais, seres do mesmo planeta, frutos da mesma Criação. É nele que se evidencia o egoísmo na sua maior plenitude. Vejamos, por exemplo, o que se faz com os pássaros.
Nascidos para voar, embelezar céus, agraciar nossos ouvidos com melodias doces e delicadas, que às vezes soam como verdadeiros cânticos em louvor divino, ou ode que nos alerta para as verdades inscritas nas belezas naturais e em tudo o que nos rodeia, muitos deles são condenados à prisão em gaiolas, para o resto de suas vidas. Retiram-lhes o sagrado direito à liberdade – que aos que têm asas se valoriza assaz – unicamente por mero e individualista regozijo pessoal, sem se dar conta da grave violência para com essas inocentes e inofensivas “flores cantantes”...
E as rinhas de canários? Viu-se recentemente nos jornais que, mesmo numa capital, como João Pessoa, elas existem, inobstante proibidas, assim como “brigas de galo”, tanto quanto rodeios e vaquejadas. Esses últimos ainda “permitidos” por força da “grana que destrói coisas belas”... Mesmo com toda a visibilidade dos fatos e fotos, registrados ao vivo e nos bastidores dos espetáculos dessas “derrubadas” de bois e vacas, as leis e os órgãos que as tentam cumprir mostram-se impotentes e ineficazes.
A lei federal nº 9605/98 (art. 32), reza com todas as letras que “é crime passível de detenção e multa praticar atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. E segue mais além: é também crime “matar, perseguir, caçar, apanhar, ferir, mutilar, realizar experiências dolorosas ou cruéis em animal vivo, ainda que para fins didáticos e científicos, quando existirem recursos alternativos”.
Impressionam qualquer cidadão, por mais leigo ou iletrado, a clareza e o rigor desta norma, descumprida indiscriminadamente em circos e outros palcos de distração sádica, que persistem em voga neste século 21.
E o pior: resta a impressão de que as pessoas que se divertem assistindo às vacas serem derrubadas, violentamente puxadas pela cauda, em quedas brutais que as apavoram e machucam sem pena, adorariam retroceder às platéias romanas para ver os leões devorarem em sangue os gladiadores derrotados. Não há a menor dúvida...
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