O Ministro Joaquim
Barbosa chamou o então Ministro Cézar Peluso de caipira, corporativista,
desleal, pequeno e tirano. Também chamou o Ministro Gilmar Mendes de marginal,
ao se referir aos seus “capangas do Mato Grosso”. Recentemente taxou o Ministro
Ricardo Lewandowski de desleal e de incompetente.
Parece que Barbosa não
admite ser contrariado, ou não consegue vencer pelo argumento e por isso
recorre à grosseria desmedida. Embora provavelmente a maior parte da população
goste da atuação pugilista do magistrado, é evidente que tal postura não se
coaduna com a sobriedade que se espera de um tribunal, especialmente quando se
trata da corte máxima de um país.
É importante destacar
que ninguém está questionando os méritos do Ministro, que é muito preparado
intelectualmente e possui um currículo exemplar, mas apenas a sua forma de
tratar os colegas e de lidar com a exposição. O que é um mero problema de dificuldade
de relacionamento parece ser para alguns uma forma de se promover junto à
população e à mídia.
Contudo, é exatamente
em benefício da sociedade, com o intuito de promover a segurança jurídica
necessária, que o direito deve seguir certos procedimentos e regras. Nesse
aspecto, importa lembrar um acórdão em que o Ministro Marco Aurélio afirma que
o direito não deve se curvar à turma, pois foi o clamor da população que fez
com que Jesus Cristo fosse trocado por Barrabás.
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