Seminário faz parte das festividades em comemoração aos 30 anos da entidade
No próximo dia 01 de junho, a partir das 09h00, no Auditório do Anexo I da Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), 6º andar, na Rua da União nº 439, Boa Vista, Recife, acontece um seminário em homenagem aos 30 anos da ASPAN, que marcará a abertura da Semana do Meio Ambiente da Alepe. A iniciativa partiu da Comissão de Defesa do Meio Ambiente, tendo à frente a deputada Ceça Ribeiro.
O seminário vai contar com a participação do ambientalista Clóvis Cavalcanti, professor e pesquisador da Fundaj – Fundação Joaquim Nabuco, quando na ocasião vai falar sobre questão do desenvolvimento em Pernambuco ao longo desses 30 anos, fazendo um recorte quanto da questão de Suape. Aliás, a Aspan , desde a sua fundação em 05 de junho de 1979, vem denunciando o corte e aterro de manguezais no município do Cabo, litoral sul, para construção/consolidação do Complexo Industrial-Portuário de Suape; em 1987, questionou a implantação de uma refinaria de petróleo; em 1990 denunciou a instalação de um hotel do grupo Caesar Park e a implantação do mega-projeto de enclave turístico do governo do Estado chamado Costa Dourada. Recentemente, denunciou ao Ministério Público Federal os danos provenientes da instalação do projeto do Estaleiro da Camargo Correia na Ilha de Tatuoca.
Mais informações:
3183 2338/9601 7884/9967 7489 – Comissão de Meio Ambiente da Alepe/Márcio Lima/Josenildo Peixe
3222 2038/8622 6660 – ASPAN – Alexandre Araújo/Suzy Rocha
Breve Histórico da ASPAN - Desenvolve suas atividades em sete grandes linhas de atuação, quais sejam: fiscalização, denúncias e acompanhamento de grandes projetos e problemas ambientais; campanhas e manifestações públicas; sensibilização e educação ambiental; ações jurídicas e aperfeiçoamento da legislação ambiental; documentação e informação ambiental; articulação do movimento ambientalista e desenvolvimento de projetos ambientais técnico-científicas. Nesses 30 anos de atividades ininterruptas, a ASPAN defrontou-se com os mais diversos problemas, a exemplo da proposta de implantação de loteamento que destruiria os 190 ha da mata do Engenho Uchôa, localizada no Recife (1979), o assentamento de sem-terra em área de mata atlântica do Engenho Pitanga (Região Metropolitana do Recife), quando conseguimos a preservação de mais de 1000 ha da área que seria ocupada (1989). Ainda na década de 1980, graças aos esforços da Comunidade de Caetés aliada a ASPAN, conseguiu embargar uma obra de aterro sanitário na Mata de Caetés, hoje transformada em Estação Ecológica. Em 1990, conseguiu a expulsão do submarino nuclear de bandeira estadunidense da costa brasileira. Em 1992, recorreu à Procuradoria Federal para transferir o Peixe-Boi "Chica" de uma praça pública para um centro de pesquisa. Atualmente, ela vive no Centro Peixe-Boi em Itamaracá. Em 1993, através de uma ação na Justiça, conseguiu a preservação das áreas de manguezais predestinados ao aterro, quando da proposta de instalação do projeto chamado “Memorial Arcoverde”, entre as cidades de Recife e Olinda, onde funciona hoje, o Museu Espaço Ciência. Em 1999, realizou o “Fórum da Sociedade Civil Paralelo à 3ª Conferência das Partes da Convenção de Combate à Desertificação - COP3” e mais tarde, em 2003, promoveu o “Encontro dos Núcleos de Desertificação do Semi-Árido Brasileiro” (2003) em parceria com a RIOD/ALC, Rede Internacional de ONGs sobre Desertificação para América Latina e Caribe. Desenvolve nos últimos oito anos projetos de reciclagem e de apoio a articulação e organização do movimento nacional dos catadores, inicialmente, através de uma parceria com a organização não-governamental canadense ACTION RE-BUTS ( La Coalition Montréalaise pour une Gestion Écologique et Économique des Déchets), e com o apoio financeiro da Agência Canadense de Desenvolvimento Internacional ACID/CIDA, com a realização da Feira dos 3Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), uma atividade aberta ao público, e ocorre em vários países como Canadá, Bélgica, Cuba e Chile, em comemoração à Semana Internacional da Redução e que consiste, ainda, na difusão de atividades relacionadas à redução, reciclagem, reaproveitamento e compostagem de resíduos sólidos, bem como despertar a consciência da população quanto à inadequada gestão desses resíduos. Nesta mesma linha tematica, manteve até ano passado uma parceria com a Fundacao AVINA (Suiça). Vale salientar que a ASPAN é uma entidade eminentemente composta por voluntários, e que atualmente desenvolve uma série de esforços buscando recursos locais que diminua a sua dependência da cooperação financeira externa, que possa vir a propiciar um fluxo mais constante de recursos, sem que venha a ameaçar seus interesses, a sua filosofia e objetivos. Mais: www.aspan.org.br